sábado, 23 de abril de 2011

Dirigentes e membros da comissão técnica olariense com o coração dividido

Vários integrantes já defenderam o clube de São Januário



Neste sábado, quando o Olaria entrar em campo, no Engenhão, para o jogo contra o Vasco, pela semifinal da Taça Rio, vários integrantes do clubes possivelmente não saberão para quem torcer.

Um deles é José Luiz Moreira, que foi vice de futebol do Vasco durante um longo tempo na antiga administração do cruzmaltino e agora é um dos gestores do futebol do clube da Bariri: "O coração fica abalado, mas ajudei a criar dois filhos e infelizmente os dois filhos por obra do destino irão se enfrentar. Não posso fazer nada. Estarei feliz com relação ao que vencer de qualquer forma.”

O dirigente explicou o sucesso do Olaria na competição: “A gente já vem com essa base desde a Segunda Divisão em 2009 e o futuro estamos preparando. Qualquer clube deve olhar bastante a base e estamos fazendo isso. Temos o cuidado de manter essa base afinada principalmente conjugada com os profissionais. Trabalhar com eles é essencial. Fazer um trabalho sério dando apoio a essa garotada.”

Além do gestor de futebol do Olaria, outros integrantes do clube também tiveram passagem pelo Vasco. Com exceção do comando técnico do time, que fica a cargo de Cleimar Rocha, o preparador físico Mauro Brito, o fisiologista Renato Fonseca, o supervisor Carlos Eduardo, o preparador de goleiros Agostinho Cunha são alguns personagens conhecidos que já passaram pelo clube de São Januário. No entanto quem mais chama a atenção é o auxiliar-técnico, Álvaro Miranda, filho do ex-presidente Eurico Miranda.

Guardando mágoa da diretoria atual de Roberto Dinamite, o coração não vai ficar dividido: "Torço pelo Vasco. Mas hoje penso na minha profissão. Não tem coração dividido. Hoje ele é do Olaria. O amor de torcedor pelo Vasco não acabou. Mas o Olaria é minha paixão. Quando trabalhava no Duque de Caxias o encontro aconteceu na Série B, em 2010. É uma coisa meio diferente. Mas o lado torcedor está em segundo plano. Meus amigos vão torcer para mim. O Vasco não ganha nada há anos. Para o Olaria esse momento é multiplicado por mil. Vamos torcer pra empatar e o Olaria ganhar nos pênaltis."

Álvaro não esconde que ainda o incomoda a forma como a sua família foi tratada pela atual diretoria cruzmaltina: "Fizeram uma eliminação de quem tivesse ligação com a família. Teve gente que saiu do Vasco que até hoje não recebeu. Hoje 80% das pessoas do Olaria são ex-funcionários do Vasco. Trouxemos independência e capacidade de trabalho", afirmou.

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