Má fase do Rosão tira o sono de Rubens Filho

Treinador afirma que problemas do Rio Branco começaram na montagem do elenco

Foto: Carlos Grevi

O Rio Brando de Rubens Filho é o penúltimo colocado do grupo B

A má fase do Rio Branco tem tirado o sono do técnico Rubens Filho. O Róseo-Negro é apenas o penúltimo colocado do grupo B da Segundona, com 11 pontos e, se entrou na competição com perspectivas de brigar pelo acesso, hoje já começa a se dar por satisfeito se conseguir evitar o grupo X, a repescagem do rebaixamento. 

Rubens Filho assumiu o Rio Branco na quinta rodada, após o pedido de demissão de Luizinho Rangel, hoje na Portuguesa. Na época a equipe tinha uma vitória e três derrotas, resultados que pareciam fatais para um clube que iniciou a preparação ainda em outubro de 2010. 

O fato é que desde então, muito pouco mudou no Calabouço. Com palavras cautelosas para preservar os demais envolvidos, Rubens Filho não apontou as razões do fracasso do Rio Branco na competição, mas deixou claro que o erro começou na formação do elenco.

“Quero deixar claro que peguei um trabalho já iniciado e que, se o início do trabalho não tiver qualidade, fica difícil. O erro começou na montagem do elenco. Sei bem como isso é importante, montei a Cabofriense do ano passado, que depois garantiu o acesso à elite quando eu já não estava mais lá”, exemplifica o treinador. Na ocasião, a equipe de Cabo Frio ainda foi comandada por Renato Alvarenga e chegou ao título com Antônio Carlos Roy.

Apesar de conviver com os problemas, o treinador não quis apontar onde o trabalho apresentou erros.

“Eu cheguei com ele já iniciado e não vi o início da preparação. E não posso chegar a um lugar assim e sair dizendo tudo o que está errado e sair criticando os outros por questão de ética”, afirma o técnico do Róseo-Negro.

No entanto, Rubens Filho se mostra inconformado com algumas informações que tomou conhecimento neste tempo de Rio Branco.

“Nada menos que 150 atletas treinaram e foram fichados e cadastrados pelo clube. Atletas profissionais, de mercado. É improvável que não houvesse atletas de qualidade em bom número assim. E isso dificulta, porque temos sido sempre obrigados a recorrer às divisões de base”, afirma o treinador, que garante ter recusado propostas de Americano e Macaé pelo compromisso assumido com o clube. 

Nova rotina

Os maus resultados têm feito Rubens Filho mudar de hábitos. O treinador não esconde o abatimento com o péssimo momento do clube na competição.

“Eu sou muito competitivo, quero ganhar tudo, até par ou impar, e não aceito essa situação. Vamos trabalhar duro para tirar o Rio Branco dessa situação, até porque nossas carreiras dependem disto e não queremos parar aqui. Tenho dormido pouco, estou sempre ‘de orelha em pé’, essa fase tem tirado a minha tranqüilidade”, admite.

O Róseo-Negro tem neste sábado (16) mais uma oportunidade de iniciar uma reação. Encara o CFZ, às 15h30, no Estádio Antunes, no Recreio dos Bandeirantes.

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