Campeão da Segundona de 2009, goleiro receia que trabalho seja “jogado fora”
Como a taça foi entregue em uma cerimônia após a competição, Roberto levantou uma mesa como protesto |
Em seu segundo ano de retorno à elite do futebol do Rio de Janeiro, o America está muito perto de ser novamente rebaixado e voltar à Segundona. Último colocado do Campeonato Estadual com sete pontos há duas rodadas do fim da competição, o tradicional clube da Tijuca ainda tem chances de escapar da queda, mas elas são remotas. Além de precisar vencer Macaé e Botafogo, seus últimos adversários, os rubros dependem ainda de tropeços de Cabofriense, Madureira e Volta Redonda. Uma combinação pra lá de improvável para uma equipe que não tem feito a sua parte.
Se há quem lamente a queda iminente do segundo time de boa parte dos cariocas, poucos sentem mais a dor que os atletas do grupo de 2009. Em uma maratona de 36 jogos, o elenco daquele ano conquistou o Campeonato Estadual da Série B com uma campanha irrepreensível. Em 36 jogos, foram 26 vitórias, cinco empates e apenas cinco derrotas. Ao todo, 83 pontos, 14 a mais que o Olaria, segundo colocado. Números que impressionam e que ajudaram a garantir o acesso com duas rodadas de antecedência.
Um dos destaques daquela campanha, o goleiro Roberto Volpato virou ídolo da torcida rubra. Hoje em sua segunda passagem pelo Moreirense de Portugal, o ex-camisa 1 lamenta a má fase vivida pelo Diabo e relembra as dificuldades da campanha da vitoriosa campanha do acesso.
Festa da torcida rubra pelo acesso no Estádio Giulite Coutinho em 2009 |
Apesar de estar no campo, onde acumulava a função de capitão, Roberto observou também algumas das sutilezas da competição.
“A caminhada para a primeira divisão foiárdua. Não é fácil ver a Tia Ruth e outros muitos torcedores tendo que se deslocar e tentar se acomodar em estádios com condições muito abaixo das que o America oferece aos visitantes. Pensar que o clube pode passar por tudo aquilo novamente é lamentável”, afirma o ex-camisa 1.
Apesar da torcida, Roberto sabe que a situação do clube na competição é difícil. Resignado, clama por dias melhores e chama a responsabilidade de cada um.
“Estou aqui torcendo para que possa acontecer tudo de melhor e que tudo dê certo. Foram vários jogos com essa camisa e muitos momentos felizes que me fizeram ter um carinho pelo clube. Mas, caso o pior aconteça, é hora de pararem de falar e começarem a agir mais, se quiserem ver o clube em situação melhor”, conclui.
Para evitar o destino que já parece definido, o time rubro precisa de uma vitória sobre o Macaé Esporte neste sábado (9), às 18h30, no Estádio Cláudio Moacyr de Azevedo, para recomeçar.
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