Foto: VipComm
A história dos Jogos Pan-Americanos mostra que a CBF está
errada em subestimar o torneio de futebol da competição. No início da madrugada
desta segunda-feira, a desfalcada equipe sub20 comandada por Ney Franco foi
derrotada por 3 a 1 pela seleção da Costa Rica e não passou para as semifinais
da competição. Pior que isto: ficou na última posição do grupo B, atrás da
rival Argentina, da Costa Rica, e a frente apenas da fraquíssima seleção de
Cuba.
Em três jogos, a equipe marcou apenas um gol. Com o
resultado, o Brasil repete o vexame dos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro,
em 2007, quando a seleção sub-27, comandada por Lucho Nizzo, foi goleada por 5
a 2 pelo Equador, em pleno Maracanã, e ficou fora da briga por medalhas. O sonho
fica para Toronto, em 2015.
Apesar de jogar pelo empate, a Costa Rica abriu o placar
antes do primeiro minuto de jogo, e contou com uma trapalhada tupiniquim.
Blanco aproveitou falha de Madson pela direita e tocou para Bryan Veja que,
livre, mandou para o fundo da rede e marcou para os Ticos: 1 a 0.
O gol desequilibrou a equipe de Ney Franco que, se ainda não
havia se encontrado na competição, perdeu o parco entrosamento que ainda tinha.
Aos 15 minutos, o drama ganhou contornos de tragédia com a expulsão do volante
Lucas Zen que, a despeito do apelido,
perdeu a tranqüilidade e, em uma dividida, acertou o peito de um adversário e
foi expulso.
Cinco minutos depois, os costarriquenhos contaram com pane
da defesa brasileira para ampliar. McDonald recebeu, invadiu a área, deixou
para trás Misael e Frauches e acertou o canto esquerdo do goleiro César que,
adiantado, não chegou a tempo: 2 a 0.
Seis minutos depois, em um lance típico do voleibol,
Frauches cortou um cruzamento com a mão: pênalti. McDonald cobrou, mas a bola
explodiu na trave. O Brasil cresceu após o lance e descontou aos 30 minutos,
com Henrique, após tabela com Cidinho: 2 a 1. A sorte parecia ter virado para o
lado brasileiro. Mas não virou. Aos 43 minutos, McDonald, novamente ele,
recebeu livre na entrada da área, girou sobre os marcadores e bateu rasteiro
para ampliar: 3 a 1 para a Costa Rica.
A vantagem confortável aberta no primeiro tempo fez os Ticos
atuarem com cautela na segunda etapa. Mas, com a vantagem numérica, ainda
chegava com perigo ao gol de César. Sem poder de reação, o Brasil insistia, mas
foi presa fácil para a equipe da América Central.
A Costa Rica enfrenta o México em uma semifinal. Na outra, a
Argentina aguarda a definição do adversário.
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